Estudo com pacientes com implante coclear mostra a eficácia da musicoterapia
- Cássia
- 16 de ago. de 2018
- 2 min de leitura

Um novo estudo realizado na Universidade de Aalborg, na Dinamarca, mostrou um bom desempenho da musicoterapia no tratamento de pacientes deficientes auditivos com implante coclear. A pesquisadora Dikla Kerem analisou o desenvolvimento de crianças de 2 e 3 anos em sessões de musicoterapia, comparando a quando elas iam a sessões de fonoaudiologia com o método de brincadeiras. “As análises dos vídeos gravados em todas as sessões confirmam que a musicoterapia melhorou a frequência ou a duração dos comportamentos-alvo significativamente mais do que as brincadeiras”, escreve a pesquisadora em sua tese.
Quando nasce, um bebê ainda não sabe distinguir os sons. Para ele, o barulho de uma buzina não é diferente do latido de um cachorro. É com o tempo que ele vai aprender essas diferenças. Uma criança que nasce com deficiência auditiva não irá desenvolver nenhuma das habilidades que levam à escuta e à fala (atenção ao som, discriminação reconhecimento, compreensão). Por isso, quando recebem um implante coclear, precisa ser guiada por todo esse percurso até aprender a ouvir e a falar, explica a fonoaudióloga Ana Cristina de Oliveira Mares Guia, doutoranda em saúde da criança e do adolescente. “A música, principalmente para as crianças, será um facilitador para promover todo o desenvolvimento dessas habilidades porque tem ritmo, tem entonação, você fala mais fino ou mais grosso, mais alto ou mais baixo”, diz a fonoaudióloga. Além de desenvolver as habilidades que levam à fala, a musicoterapia também aumenta a taxa de adesão ao tratamento. “As crianças ficam muito mais felizes. A música mexe muito com o corpo, elas adoram”, conta a fonoaudióloga.
O tempo médio que uma criança leva para aprender a falar é de um ano após a colocação do implante.
Fonte: Jornal O Tempo
Imagem: Google Imagens
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